Aos 56 anos, Carla Andrino vai-se dividindo entre as carreiras de atriz e de psicóloga. E, apesar de ambas lhe tomarem muito tempo, esta não vai abrandar em nenhuma delas. “Para já, não preciso. Gosto de fazer estas coisas assim…”, conta. Por isso mesmo, está a tirar outro curso, uma “especialização” fora da área da Psicologia:

“Adoro aprender e e estar preparada para o que vier. E adoro estudar! Deem-me coisas, que eu agarro.”

E não falem em cansaço a Carla Andrino, que interpreta Naná, em Sangue Oculto, da SIC. “Tem sido um agradável desgaste, embora ela seja muito intensa e esteja sempre lá em cima. Quando a dispo, tenho de parar cinco segundos para voltar a ser a Carla. Depois, a personagem fica no estúdio ou no exterior e lá sigo eu para a minha vida. Desligo bem”, garante, sem se queixar da falta de tempo:

“Não o tenho para perder.”

A reação do público ao seu trabalho na novela é o melhor. A razão é simples e meio caminho andado para o sucesso:

“Faço literalmente o que amo, e isso ajuda a estar bem, bonita… Permito-me a amar e a ser amada. Esse é o segredo.”

A AJUDA DOS FAMOSOS

Como psicóloga, Carla Andrino tem visto cada vez mais pessoas a procurarem ajuda para os seus problemas. “Era bom que a ansiedade e os problemas de saúde mental deixassem de ser tabu. Está melhor, mas precisamos de falar mais disto”, alerta a veterana atriz, sabendo que, quando as estrelas de TV falam dos seus dramas, ajudam a tornar o assunto menos melindroso. “As figuras públicas têm um grande impacto quando falam abertamente das suas ansiedades, medo, da sua saúde mental, porque desbloqueiam os medos de quem sofre. As pessoas têm de se consciencializar de que não há saúde física sem haver saúde mental.” ●