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Mendes: o campeão do mercado

MÁRIO PEREIRA EDITOR DE DESPORTO

Formar jogadores e vendê-los para o primeiro mercado do futebol é a vocação dos clubes portugueses. Isso ou comprar bem, e de preferência barato, para à frente realizar mais-valias. Mais do que uma opção (neste caso até são duas), trata-se de uma estratégia de sobrevivência. Os milhões da Champions, cada vez mais, deixam de ser alternativa para se tornarem complemento. E como se sabe, na via de acesso à milionária competição não cabem todos.

Vender é, pois, fundamental. E por isso olhamos com normalidade para a azáfama que por aí vai. Darwin Núñez deixou o Benfica para rumar ao Liverpool, Fábio Vieira e Vitinha, joias do FC Porto campeão, seguem também para o futebol inglês, Palhinha e Matheus Nunes, médios do Sporting, aguardam na fila a vez de embarcar para o El Dorado em que se tornou a Premier League. E quando olhamos para todos estes nomes, um denominador comum emerge: Jorge Mendes. O superempresário está em todas. O que não sucede por acaso. Sem ele no processo, boa parte destes negócios não aconteceria. A rede de contactos (e o poder de influência) do agente marca a diferença. E traz à memória uma célebre frase de Luís Filipe Vieira quando um dia falava da inevitabilidade da intermediação do Mendes. “Chamo-lhe um táxi.” Pegando na deixa, Jorge Mendes pode até ser o mais caro ‘chauffeur’ de praça do Mundo. Mas uma coisa é certa: quando agosto chegar ao fim e todas as colocações estiverem feitas, seja no sentido das entradas ou das saídas, o campeão do mercado é ele. E em janeiro falamos outra vez.n

UM ÓSCAR PARA A ACADEMIA

Desde que a Academia foi inaugurada, fez esta semana 20 anos, o Sporting apenas foi campeão nacional de seniores uma vez. Mas no futebol de formação tem sido rei, nesse período. É o clube mais titulado desde a abertura das portas da oficina de Alcochete, em 2002.

E no presente, nas cinco principais ligas da Europa, desfilam quase 30 jogadores com passagem pela Academia. Chapeau! ●

MORAL E BONS COSTUMES

As acusações do Ministério Público e as conclusões do juiz Carlos Alexandre sobre a forma como Francisco J. Marques alegadamente adulterou e truncou os conteúdos dos emails do Benfica são um golpe terrível na credibilidade do diretor de comunicação do FC Porto. Claro que falta agora a prova em tribunal. Mas a suposta moral de Robin Wood da justiça, essa está definitivamente enxovalhada.n

VIEIRA CHAMAVA-LHE UM TÁXI. PROVAVELMENTE COM RAZÃO

SPORT

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2022-06-25T07:00:00.0000000Z

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http://quiosque.medialivre.pt/article/283695483221087

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